Ela teimava em ser inverno, mesmo com a temperatura beirando os quarenta.
Ele, a ausência do coringa. Não conseguiu o sete de copas necessário para cessar a taquicardia. Faltou sorte e açúcar.
Ela remendava aquele domingo de janeiro, de um drama exibido na sessão das vinte e três, com pipoca e mãos na coxa [...]
Ele e todo o seu carinho-de-menino-agridoce, agora em pause. Vez ou outra soprava acompanhado de outros (a)braços em algum estágio -letal- daquele sonho recorrente.
Ela fez cena, foi tema, vazia. Foi assim, de maré, de azar e seda rasgada, de lua. Cheia. De pratos jogados contra a parede para suprir ausências. De vazios bordados no peito.
Pó. O amadeirado do pescoço. O jeans despido. Sua alma cheirando a desejo. O lençol branco manchado de mentiras. Nem Bossa Nova, nem Jazz.
Jaz. Cremado.
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Ele Prosecco, ela chovia.
Ela saudade, ele sorria.