quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quase


Ninguém nunca bateu no meu ombro em uma mesa de bar para dizer sobre a dor de amar. Em nenhuma festa manifestaram como é dizer adeus a alguém que se ama.
Perdi todas as contas que fiz: Quantos dias ficamos juntos, quantos dias estamos longes, quantos quartos dividimos, quantos cafés tomamos (o seu sempre com adoçante e o meu com afeto, com açúcar), quantas vezes te peguei no seu apartamento ou quantas vezes você me pegou em casa [...]

Ninguém nunca me enviou um mensagem por rede social me alertando sobre o caminho perigoso que é amar, sobre os riscos que correria se entregasse meu coração... talvez alguém corresse, deixasse ele pelo caminho, em risco, com riscos. Arrisco? Abordam tantos assuntos desnecessários por lá, compartilham o que é e o que acham que é do C.F.A., quase tudo passou a ser dele. Também não levei cutucadas, me alertando sobre a possibilidade de ser deixado na terceira curva.

Permiti a você não sentir medo de me perder. Sabia que eu estaria do seu lado de qualquer forma, se não me desse nada, eu ainda assim, eu estaria ali e te daria tudo. Uma vez eu li que quando alguém perde o medo de nos perder, perdemos esse alguém.

Minha estratégia falhou, mas ninguém nunca me enviou um SMS relatando tal artimanha.
“olha, não trate muito bem, seja indisponível, pessoas gostam do que não tem. Não ame de verdade e nem seja sincero, isso só funciona no cinema.”
Nem tutibeou na terça, me deixou na quarta, trocou de celular na quinta, comprou roupas novas na sexta e foi para o bar no sábado. No domingo nem ressaca.

Desacreditei do amor.
Ainda invento um tutorial sobre isso. 

Apesar de tudo, existe um amor que é impossível desacreditar, já que é necessário: chama-se amor próprio. Use a dor do (des)amor para evoluir. Que o sofrimento não seja em vão. Valorize as lágrimas derramadas e cuide-se. Não pense em vinganças, nem alimente rancores.

Acabou. Existem milhões de casais terminando agora nesse momento, e outros tantos se conhecendo, fazendo valer a pena. Reafirme seus valores e queira ser uma pessoa boa. Sempre! Independente do que lhe disserem ou mostrarem.
Cada um possui sua própria direção e suas próprias verdades e às vezes elas não irão coincidir com as nossas. E não nos cabe julgar as diferentes formas de análises. Apenas não deu certo. Não existe errado. Não era pra ser. Era quase.

Detalhe importante: Inspirado em um e-mail-bronca que recebi de uma das pessoas mais especiais que conheço. Obrigado por abrir meu olhos Dani. Isso sim É.

Um comentário:

Daniele Oliveira disse...

E eis que sem querer, sem nenhuma pretensão surge o texto que havíamos comentado de fazer juntos. Confesso que fiquei preocupada em te escrever aquele e-mail, não sabia qual seria a sua reação. Mas como nosso casamento é puro tenho como obrigação ser fiel ao seu bem estar e por isso não posso apenas te dar colo entende? Me sinto na obrigação de dizer o que não te avisaram ou te disseram por ai nos faces da vida, mesmo correndo o risco de você não curtir ou compartilhar das mesmas ideias rs...
Não sou a dona da verdade absoluta dos relacionamentos, mesmo você já acalmou o meu pranto dordecotoveliano, mas te falo das minhas verdades, me entrego como exemplo e só te digo o que já fiz comigo, todo esse processo eu venho passando e por isso me sinto na obrigação de te chamar na chincha as vezes. Faz parte desse instinto maternal incorrigível meu de achar que sei o que é melhor pra você.
Mas independente do que seja melhor pra você no geral, sei que amor próprio sem soberba nos cabe muito bem.
Te Amo!