Passei as mãos por sua nuca, percorri detalhadamente suas costas, toquei seus cabelos. Não foi suficiente, cheirei seu pescoço e beijei-lhe a boca. Várias vezes. Beijos de urgência, de desejo, desses que incendeiam a alma, desses que se nota na saliência da cueca que tudo está no caminho certo, desses que te fazem tremer as pernas, suar as mãos, beijos memoráveis (que nos acompanham por semanas, beijos que queremos repetir a dose: a dose de prazer, a dose da saliva, a dose diária de você).
Mãos desbravavam tudo. Percorriam caminhos sob a camiseta, passeavam pelo tórax e costas, exploravam o íntimo, descobriam corpos... Saturno era personagem secundário, assim como todo o resto do universo.
Respirava desejo, na boca o gosto de saliva, do suor salgado, gosto do pecado, do sexo...
Eis um dado importante:
Na minha boca, além de todos esses gostos, tinha o SEU gosto,
e isso para mim era o suficiente.
...o rosto estava vermelho, de calor, de atrito da barba -não se importou.
Mordi os ombros claros, apertei-me contra seu corpo para ficarmos bem juntos, para sentir a temperatura, o peso, para sentir a pele molhada, para se transformar em um só.
Eis outro dado importante:
Ah se você soubesse quanto amor eu ainda tinha tenho pra nós, e o melhor,